Comboio deixou corregedoria em São Gonçalo por volta das 12h. Eles foram escoltados pelo Batalhão de Choque e pelo Bope.
Bombeiros presos são transferidos para quartel de Niterói (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
Mais de 10 ônibus, com bombeiros presos, deixaram a Corregedoria da Polícia Militar (PM) em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, por volta das 12h deste domingo (5) e foram levados para uma unidade dos Bombeiros em Charitas, em Niterói.
Policiais do Batalhão de Choque e também do Batalhão de Operações Especials (Bope) fizeram a escolta dos veículos. Familiares que estavam do lado de fora da corregedoria fizeram um cordão, no momento da transferência, e gritaram a favor dos bombeiros.
Soldado chora em quartel de Niterói
(Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
(Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
Ao passarem pela orla de Niterói, os bombeiros foram ovacionados. A chegada dos bombeiros presos no quartel de Charitas foi marcada por aplausos, fogos e gritos de "herói", tanto de parentes quanto de moradores que estavam no local. A população também cantou o hino nacional.
Eles desceram dos ônibus de mãos dadas, gritando "bombeiro é herói". Um bombeiro fardado, do quartel de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foi à unidade de Niterói para ver os colegas e chorou muito.
A PM divulgou nota informando que os 439 bombeiros presos serão acomodados com colchões e agasalhos em um ginásio do quartel. Por voltas das 6h, três ônibus da PM fizeram a transferência de uma primeira parte do grupo de presos.
Senador quer liberar presosO senador Lindberg Faria (PT) esteve no quartel de Charitas, na tarde deste domingo e afirmou que "o caminho da intransigência não leva à nada". Ele disse que vai propor ao governador Sérgio Cabral que receba uma comissão de bombeiros para tratar da questão salarial.
Bombeiros descem de mãos dadas
(Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
(Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)
Lindberg criticou a invasão do quartel por parte da PM e a prisão dos bombeiros, o que considerou uma atitude exagerada do governo do estado. "Vou me empenhar na retirada das ações criminais contra os bombeiros. Vou procurar o governador pessoalmente para tratar dessa questão", prometeu o senador.
Os 439 bombeiros foram presos na manhã de sábado (4), durante uma ação da PM, após invadirem o Quartel Central da corporação, no Centro do Rio de Janeiro, na noite de sexta-feira (3).
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Presos responderão por três crimesConforme o promotor, todos os 439 bombeiros presos durante a madrugada irão responder por três crimes: motim, dano e impedimento ao socorro. Pelo Código Penal Militar, diz o promotor, a pena prevista para o crime de motim é de 4 a 8 anos de prisão.
Pelos danos causados ao Quartel General durante o protesto, os bombeiros poderão ser condenados a penas de 1 a 6 anos. Pelo crime de impedimento ao socorro é prevista a pena de mais 3 a 6 anos de prisão.
Segundo o promotor, os líderes do protesto poderão ter a pena aumentada por incitação ao motim.
Os autos de flagrante dos bombeiros presos serão remetidos à Justiça Militar em até 20 dias. Segundo o promotor, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para investigar o caso e “muito provavelmente” o Ministério Público irá oferecer denúncia contra os presos.
Entre os presos há oficiais e praças. Ainda não foi divulgado quais unidades eles integram, mas “são de todo o estado”, segundo Cunha.
Coronel ferido
O comandante do Batalhão de Choque da PM (BPChoque), coronel Waldyr Soares Filho, afirmou na tarde de sábado que a movimentação dos bombeiros e a invasão do Quartel Central poderia ser considerado um motim.
Com o pulso esquerdo fraturado e uma luxação no joelho esquerdo, em consequência da invasão do quartel dos bombeiros, o comandante acompanhou o trabalho de qualificação dos bombeiros presos na Corregedoria da PM.
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