POR PEDRO DE FIGUEIREDO
Rio - Soldados presos procurados pelo O DIA ONLINE relataram o drama que estão vivendo após a rendição na manhã de sábado. Eles estão satisfeitos com a transferência para a unidade de Charitas, que consideram como "nossa casa", mas relataram situações de drama vividas antes da transferência
>> FOTOGALERIA: Confira imagens exclusivas da invasão dos manifestantes
Segundo eles, após serem levados para a Corregedoria, não havia local para abrigar os 439 bombeiros presos e grande parte deles permaneceu dentro dos ônibus que os transportaram até o local.
A ida ao banheiro também foi complicada. O vaso sanitário ficou rapidamente entupido após as primeiras horas de permanência no ônibus e não havia outra alternativa para as necessidades fisiológicas.
Em Charitas, os soldados teriam recebido doações de bombeiros que não estão presos para a permanência pelos próximos dias.
Bope invade quartel na manhã de sábado
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) invadiu, por volta das 6h deste sábado, o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na Praça da República, Centro do Rio. O local estava ocupado desde a noite de sexta-feira por dezenas que manifestantes que reivindicavam aumento salarial, vale-transporte e melhores condições de trabalho. Para entrar no local, a PM usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Pouco antes, foram ouvidos barulho de disparos de armas de fogo vindos do interior do quartel.
Na tarde de sábado, o governador Sérgio Cabral exonerou o coronel Pedro Machado e anunciou Sérgio Simões como novo comandante da corporação.
Mulheres como escudo
PMs do Batalhão de Choque, do 3º BPM (Tiradentes) e a cavalo cercaram o prédio. Quase 2 mil ficaram do lado de fora gritando palavras de ordem com ajuda de carro de som. Na tentativa de evitar que as tropas usassem a força para dispersá-los, manifestantes atravessaram um caminhão da corporação entre o pátio e o portão e montaram cordão de isolamento com mulheres.
Às 19h30, os bombeiros forçaram o portão, se sentaram no pátio e avisaram que só sairiam após negociar com o governador Sérgio Cabral, o vice, Luiz Fernando Pezão, ou o comandante-geral dos bombeiros, coronel Pedro Machado. Mas, por volta das 22h10, dezenas de manifestantes começaram a deixar o quartel.
Guarda-vidas querem R$ 2 mil
Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça.
Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj).
Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.
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Segundo eles, após serem levados para a Corregedoria, não havia local para abrigar os 439 bombeiros presos e grande parte deles permaneceu dentro dos ônibus que os transportaram até o local.
Bope invade quartel ocupado pelos Bombeiros na manhã de sábado | Foto: Ernesto Carriço/Agência O Dia
Os bombeiros reclamam que não havia as mínimas condições no local. Eles só teriam recebido almoço por volta das 3h da madrugada de sábado para domingo, cerca de 21h depois da rendição. A água só foi fornecida uma vez. Assim que chegaram, eles teriam recebido uma garrafa com o líquido, que não teria sido reposta ao longo de todo o dia.A ida ao banheiro também foi complicada. O vaso sanitário ficou rapidamente entupido após as primeiras horas de permanência no ônibus e não havia outra alternativa para as necessidades fisiológicas.
Em Charitas, os soldados teriam recebido doações de bombeiros que não estão presos para a permanência pelos próximos dias.
Bope invade quartel na manhã de sábado
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) invadiu, por volta das 6h deste sábado, o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na Praça da República, Centro do Rio. O local estava ocupado desde a noite de sexta-feira por dezenas que manifestantes que reivindicavam aumento salarial, vale-transporte e melhores condições de trabalho. Para entrar no local, a PM usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Pouco antes, foram ouvidos barulho de disparos de armas de fogo vindos do interior do quartel.
Comandante da PM, Mario Sérgio fala para tropa no meio da madrugada | Foto: Ernesto Carriço
Trezentos bombeiros que protestavam por melhores salários e condições de trabalho invadiram o Quartel-Central da corporação, na Praça da República, sexta-feira à noite. Eles penduraram faixas de protesto nos veículos de combate a incêndio, impedindo os que estavam de serviço de sair para trabalhar. Manifestantes agrediram o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, que foi ferido na perna.Invasão gerou tumulto entre bombeiros | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
“Agora a briga é com a PM”, avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel. Mário Sérgio prendeu o ex-corregedor da PM coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar para hoje a volta dos EUA ao Rio.Na tarde de sábado, o governador Sérgio Cabral exonerou o coronel Pedro Machado e anunciou Sérgio Simões como novo comandante da corporação.
Mulheres como escudo
PMs do Batalhão de Choque, do 3º BPM (Tiradentes) e a cavalo cercaram o prédio. Quase 2 mil ficaram do lado de fora gritando palavras de ordem com ajuda de carro de som. Na tentativa de evitar que as tropas usassem a força para dispersá-los, manifestantes atravessaram um caminhão da corporação entre o pátio e o portão e montaram cordão de isolamento com mulheres.
Às 19h30, os bombeiros forçaram o portão, se sentaram no pátio e avisaram que só sairiam após negociar com o governador Sérgio Cabral, o vice, Luiz Fernando Pezão, ou o comandante-geral dos bombeiros, coronel Pedro Machado. Mas, por volta das 22h10, dezenas de manifestantes começaram a deixar o quartel.
Guarda-vidas querem R$ 2 mil
Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça.
Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj).
Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.
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