O clima de tensão vivido entre Corpo de Bombeiros e Governo do Estado do Rio de Janeiro tem repercutido com os representantes de classe em todo Brasil. A Associação de Cabos e Soldados do RJ se reúne hoje (6) com representantes de outras entidades para traçar os rumos das negociações por melhores salários e condições de trabalho.
Em Mato Grosso do Sul, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACSPMBM/MS) se solidarizou com o movimento. Para Edmar Soares, presidente da entidade, a luta pela reivindicação salarial é válida em qualquer parte do país e, no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) mostrou-se ‘despreparado’ ao lidar com o movimento.
“O governador infelizmente demonstrou despreparo para lidar com os movimentos sociais, principalmente por autorizar o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) invadir o quartel onde os bombeiros estavam”, afirmou. “Todo esse clima de tensão foi criado por conta da falta de diálogo do governo”, continuou.
Os bombeiros foram às ruas no final da última sexta-feira (03) para reivindicar aumento de salário e melhores condições de trabalho. Mais de dois mil militares tomaram o quartel central da corporação, na Praça da República.
No dia seguinte, a tropa de Choque da Polícia Militar e também policiais Bope invadiram o local. Para entrar no complexo, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo.
Para Edmar, o fato de servidores militares trabalharem armados poderia ter causado uma verdadeira tragédia no quartel.Os manifestantes foram levados para o Batalhão de Choque da PM.
Por volta das 7h40, os policiais anunciaram aos bombeiros que levariam alguns deles. Em resposta, os manifestantes disseram que só sairiam dali se todos fossem juntos. Os mais de 2 mil bombeiros, então, se levantaram e foram encaminhados para o batalhão. Os manifestantes cantaram o hino da corporação e alguns estavam chorando.
Na tarde deste domingo, os rebelados foram transferidos da Corregedoria da PM para o quartel do Corpo de Bombeiros de Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
“A prisão dos bombeiros só prejudicou ainda mais o atendimento a população”, considerou Edmar. Hoje, o soldado em início de carreira no Rio de Janeiro recebe R$ 950, um dos valores mais baixos do Brasil. “Se oGoverno Federal tivesse aprovado a PEC 300, esses fatos não estariam acontecendo”, acrescentou.
Cláudio Souza, vice-presidente da entidade, disse ainda que a ACS se une a outras entidades de classe para fazer uma manifestação de repúdio contra o governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele lembra ainda que o Rio de Janeiro é um dos estados que mais recebem verbas federais para a segurança pública.
“Em relação a Mato Grosso do Sul, o Rio recebe mais recursos do Governo Federal. Não se sabe para onde vai esse dinheiro. Além disso, no ano passado, o Planalto tirou o Bolsa Formação dos PMs e Bombeiros de MS, que oferecia bolsa mensal de R$ 443,00 para quem recebia até R$ 1.700”, disse.
A ACS deverá entrar em contato com a bancada federal de Mato Grosso do Sul em Brasília (DF), deputados e senadores, para pedir apoio ao movimento e se manifestar de forma contrária a atitude de Sérgio Cabral.
“Aqui em Mato Grosso do Sul, o salário inicial de R$ 1.950 também não contempla as necessidades da categoria, mas a entidade busca diálogo com o Governo do Estado, no sentido de melhorar os salários, para que fatos como esses não aconteçam por aqui”, finalizou Cláudio.
O diretor Giovani Harthmann, Cb BM, disse que interpreta como uma grande antítese, o fato do governador Cabral, estimular os militares do Rio a aderir à passeata gay e depois punir de maneira severa as manifestações onde os mesmos pedem apenas dignidade. Resume: Homens desesperados fazem coisas imprevisíveis.
CB BM MS GIOVANI HARTHMANN
FONTE:http://www.ronda.org.br/acs-governador-rj-demonstrou-despreparo-lid...
Em Mato Grosso do Sul, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACSPMBM/MS) se solidarizou com o movimento. Para Edmar Soares, presidente da entidade, a luta pela reivindicação salarial é válida em qualquer parte do país e, no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral (PMDB) mostrou-se ‘despreparado’ ao lidar com o movimento.
“O governador infelizmente demonstrou despreparo para lidar com os movimentos sociais, principalmente por autorizar o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) invadir o quartel onde os bombeiros estavam”, afirmou. “Todo esse clima de tensão foi criado por conta da falta de diálogo do governo”, continuou.
Os bombeiros foram às ruas no final da última sexta-feira (03) para reivindicar aumento de salário e melhores condições de trabalho. Mais de dois mil militares tomaram o quartel central da corporação, na Praça da República.
No dia seguinte, a tropa de Choque da Polícia Militar e também policiais Bope invadiram o local. Para entrar no complexo, os policiais usaram bombas de efeito moral e bombas de gás lacrimogêneo.
Para Edmar, o fato de servidores militares trabalharem armados poderia ter causado uma verdadeira tragédia no quartel.Os manifestantes foram levados para o Batalhão de Choque da PM.
Por volta das 7h40, os policiais anunciaram aos bombeiros que levariam alguns deles. Em resposta, os manifestantes disseram que só sairiam dali se todos fossem juntos. Os mais de 2 mil bombeiros, então, se levantaram e foram encaminhados para o batalhão. Os manifestantes cantaram o hino da corporação e alguns estavam chorando.
Na tarde deste domingo, os rebelados foram transferidos da Corregedoria da PM para o quartel do Corpo de Bombeiros de Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
“A prisão dos bombeiros só prejudicou ainda mais o atendimento a população”, considerou Edmar. Hoje, o soldado em início de carreira no Rio de Janeiro recebe R$ 950, um dos valores mais baixos do Brasil. “Se oGoverno Federal tivesse aprovado a PEC 300, esses fatos não estariam acontecendo”, acrescentou.
Cláudio Souza, vice-presidente da entidade, disse ainda que a ACS se une a outras entidades de classe para fazer uma manifestação de repúdio contra o governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele lembra ainda que o Rio de Janeiro é um dos estados que mais recebem verbas federais para a segurança pública.
“Em relação a Mato Grosso do Sul, o Rio recebe mais recursos do Governo Federal. Não se sabe para onde vai esse dinheiro. Além disso, no ano passado, o Planalto tirou o Bolsa Formação dos PMs e Bombeiros de MS, que oferecia bolsa mensal de R$ 443,00 para quem recebia até R$ 1.700”, disse.
A ACS deverá entrar em contato com a bancada federal de Mato Grosso do Sul em Brasília (DF), deputados e senadores, para pedir apoio ao movimento e se manifestar de forma contrária a atitude de Sérgio Cabral.
“Aqui em Mato Grosso do Sul, o salário inicial de R$ 1.950 também não contempla as necessidades da categoria, mas a entidade busca diálogo com o Governo do Estado, no sentido de melhorar os salários, para que fatos como esses não aconteçam por aqui”, finalizou Cláudio.
O diretor Giovani Harthmann, Cb BM, disse que interpreta como uma grande antítese, o fato do governador Cabral, estimular os militares do Rio a aderir à passeata gay e depois punir de maneira severa as manifestações onde os mesmos pedem apenas dignidade. Resume: Homens desesperados fazem coisas imprevisíveis.
CB BM MS GIOVANI HARTHMANN
FONTE:http://www.ronda.org.br/acs-governador-rj-demonstrou-despreparo-lid...
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