"O CONGRESSO NACIONAL SÓ SE MOVE COM O
RUFAR DOS TAMBORES DAS RUAS!"
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1 de dezembro de 2012
Acuados pelo tráfico, policiais da UPP do Complexo do Alemão clamam por ajuda
Após três tiroteios nesta semana, PMs afirmam que o tráfico voltou a dominar região pacifica
O mapa dos complexos do Alemão e da Penha tem de volta a
zona do medo. Dois anos após a Força de Pacificação retomar o controle
sobre os territórios dominados pelo tráfico de drogas, os PMs das
Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) da região pedem socorro. O Dia
Carta enviada à reportagem do jornal O Dia, no Rio de Janeiro
Acuados pelos traficantes, que pouco a pouco voltaram a
desfilar nas comunidades com suas armas de longo alcance, os agentes
saem às ruas para trabalhar à espera de novos confrontos. Só nesta
semana, foram três tiroteios, dois na Vila Cruzeiro e um no Parque
Proletário, na Penha.
Com o medo incorporado à rotina, os militares se valeram
de método usado pelos moradores para pedir socorro e escapar dos olhos
dos traficantes: jogaram uma carta dentro do carro da equipe do DIA que
percorria o complexo.
No bilhete, asseguram que as leis do tráfico estão de novo em vigor na Vila Cruzeiro e no Parque Proletário. Leia também:Jovem de 18 anos é morto a tiros no Complexo do Alemão
“O tráfico continua o mesmo, não nos deixam trabalhar.
Não podemos abordar moto-taxistas”, garantem PMs, que, no final do
documento, imploram: “Por favor, nos ajudem”. Também alegam que há
quatro meses não recebem a gratificação de R$ 750. Veja mais:PM é preso por morte de jovem no Alemão
O medo se justifica com as informações do plano de ataque
traçado pelos criminosos após o roubo de grande quantidade de gasolina
em um posto da região — que poderia ser usada no preparo de coquetéis
molotov. “Suspeitos passam diariamente por nós e nos vigiam nas ruas”,
garante um policial da UPP Alemão.
Depois dos dias de esperança, os moradores agora se
trancam em casa ao cair da noite. Eles confirmam que os criminosos
voltaram a circular armados em ruas e becos, e os antes esporádicos
tiroteios agora cortam o silêncio quase todas as noites. O Dia
Polícia Militar reforçou policiamento no Alemão
“Eles (traficantes) ostentam fuzis em algumas áreas e não
se desesperam mais com a aproximação dos policiais”, contou comerciante
da Vila Cruzeiro. O pavor é traduzido com ruas desertas e comércio
fechado à noite. ‘O soldado que fica’
Cria da Cidade de Deus, que recebeu UPP em fevereiro de
2009, o rapper MV Bill lançou ontem a música ‘O soldado que fica’. A
canção cita a vida dos ‘pequenos’ traficantes que continuam nas favelas
após serem ‘abandonados’ pelos chefões do pó no momento da pacificação.
“Jurei lealdade a minha quadrilha, valorizei o
crime...Decidi errado, me decepcionei, entrei nessa de embalo sem
saber”, diz um trecho da letra.
Narrando na visão de um bandido a instalação de uma
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o cantor indica que não há como
impedir a ocupação policial. Ele ainda destaca na letra a fuga dos
chefes da quadrilha.
“Daqui de cima dá pra ver a movimentação para instalação
de uma nova UPP. Unidade de Policiamento Pacificador, sem arrego, acabou
o amor. O parceiro abandonou, só os pica que ficou (sic). O patrão foi
na neblina, pra sair de fuga, me escalaram pra ficar plantado aqui de
madruga. Alvo fácil, vulnerável, se o Bope decidir entrar, é
implacável”, canta.
MV Bill ainda destaca a perda da força do tráfico na
favela. “A própria comunidade não fecha mais comigo. Pra eles a solução é
matar, vão me tirar de cena”. Novo chefe
O homem por trás dos tiroteios na Vila Cruzeiro seria
conhecido como Piná. O bandido foi o encarregado por Fabiano Atanásio da
Silva, o FB, de manter as bocas de fumo funcionando após a sua prisão,
em janeiro.
E uma das novidades na sua ‘administração’ é o retorno do
baile funk no Campo da Ordem, onde o jogador Adriano deu seus primeiros
chutes. Além do Grotão, os policiais das UPPs locais têm cinco
localidades na zona do medo: Pedra do Sapo, Rua Joaquim Queiroz, Parque
Proletário, Merindiba e Fazendinha — onde foram apreendidos ontem
explosivos, revólveres e drogas. Em outra ação, mais de 100 sacos de
cocaína foram achados na Nova Brasília. Ninguém foi preso.
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora não respondeu
sobre os policiais estarem acuados pelo tráfico. Disse apenas que não
orienta PMs a não abordarem moto-taxistas. Em relação à gratificação
atrasada, diz que, como as UPPs foram inauguradas em agosto, o pagamento
dos PMs está no prazo de quatro meses firmado. *Reportagem de Diogo Dias, Felipe Freire e João Antonio Barros
VALEU POLIÇADA
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