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30 de junho de 2011

PEC 300 vira moeda de troca e PMDB ameaça votar a favor se nomeação de indicados não sair

29 de Junho de 2011

PEC 300 vira moeda de troca e PMDB ameaça votar a favor se nomeação de indicados não sair  
PEC 300 vira moeda de troca e PMDB ameaça votar a favor se nomeação de indicados não sair

Em matéria publicada na revista Veja, o colunista Ricardo Setti denuncia que o PMDB está “ameaçando” votar a favor da PEC-300 (proposta de emenda constitucional que estabelece um piso nacional de salários para policiais militares e bombeiros) caso o governo federal não efetive as nomeações indicadas pelo partido a presidente Dilma Roussef (PT) em caráter de urgência.

Como explicar a atitude de políticos que colocam acima do bem comum seus próprios interesses? E com relação aqueles que já se posicionaram a favor da PEC 300, principalmente durante a campanha eleitoral 2010 aqui na Paraíba? Agora vão votar contra a aprovação da PEC 300 por razões pessoais? A PEC 300 virou moeda de negociação nas mãos de políticos brasileiros?

O colunista diz ainda que passa dos limites o que estão tramando determinados setores do PMDB e dispara: “Esse jogo chega a ser obsceno. O voto ‘sim’ ou ‘não’ em tema tão relevante precisa levar em conta outros critérios, e não mesquinharias como cargos e vantagens.”

Confira na íntegra matéria publicada na revista Veja:
PEC 300: setores do PMDB ameaçam a votar a favor se nomeações não saírem logo. Esse tipo de jogo é obsceno

Amigos, mesmo para os baixos, baixíssimos padrões da política brasileira, passa dos limites o que estão tramando determinados setores do PMDB.

Em troca da nomeação de gente indicada pelo partido para quatro dezenas de cargos gordos em órgãos do governo federal, “ameaçam” veladamente a presidente Dilma Rousseff com seu apoio à PEC-300, a proposta de emenda constitucional que estabelece um piso nacional de salários para policiais militares e bombeiros.

É incrível a utilização de um assunto sério e digno de estudos profundos, como o estabelecimento de um salário base muito acima do que ganha a maior parte dos PMs e bombeiros da maioria dos Estados, como forma de pressão de políticos da própria base do governo. As pressões políticas são legítimas, e medidas legislativas podem, sim, ser legitimamente utilizadas nas negociações políticas.

Nesse caso, porém, esses políticos estão brincando com as esperanças de centenas de milhares de PMs e bombeiros, que aguardam há muito tempo que a PEC-300, apresentada em 2008, seja votada em segundo turno pela Câmara dos Deputados, uma vez que foi aprovada em primeiro turno, em votação concluída em julho do ano passado, pela unanimidade dos 349 deputados presentes.

Quer dizer, então — vamos raciocinar só por hipótese –, que se o governo nomear todo mundo que o PMDB quer ver preenchendo cargos e embolsando bons salários esses deputados irão votar contra a PEC dos PMs e bombeiros, que já aprovaram em 2010?

Esse jogo chega a ser obsceno. O voto “sim” ou “não” em tema tão relevante precisa levar em conta outros critérios, e não mesquinharias como cargos e vantagens.

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