Segundo investigações, após a maior tragédia natural do país, autoridades de algumas cidades atingidas teriam desviado parte dos R$ 30 milhões destinados pelo Governo Federal à reconstrução de sete municípios.
Pouco mudou desde aquela madrugada de 12 de janeiro e vítimas preferiram não esperar pela ajuda do poder público.
“Começamos a fazer a limpeza nós mesmos. A gente mesmo porque estamos cansados de esperar”, disse Maximiliano Cardoso, da Associação de Vítimas de Teresópolis.
A maioria das obras emergenciais ainda não saiu do papel. Em algumas aéreas, há perigo por todos os lados. Encostas podem deslizar. Se não bastasse toda essa preocupação, moradores de Teresópolis foram surpreendidos por denuncias de corrupção, esquemas que teriam sido fechados poucos dias depois da tragédia.
Uma reportagem publicada no domingo (10) pelo jornal “O Globo” afirma que, em troca de perdão judicial, um empreiteiro denunciou que os habituais 10% de propina para aprovação de contratos saltaram para 50%, por conta do grande repasse de verbas por causa das chuvas.
Segundo a reportagem, o Ministério Público Federal investiga se os ex-secretários municipais de governo e de obras de Teresópolis estavam à frente da negociação.
Um relatório do Tribunal de Contas da União revela outras irregularidades, como empresas prestando serviços na mesma localidade, no mesmo dia, e que, mesmo dois meses depois da tragédia, serviços foram prestados sem contratos assinados e nem empenho de despesa.
O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, negou as irregularidades: “Não tenho reconhecimento disso, não permito esse tipo de prática no nosso governo. Eu não tenho conhecimento de nenhuma investigação no Ministério Público. Parece uma notícia fantasiosa”.
Nova Friburgo foi outro município devastado pelas chuvas. Em alguns bairros, os cenários ainda são de destruição completa.
Um relatório do Ministério Público Federal mostra que pode ter havido desvio de parte dos R$ 10 milhões que deveriam ser usados para a recuperação da cidade.
Segundo a investigação, a Fundação Municipal de Saúde não se preocupou em fazer um levantamento do material médico-hospitalar que seria necessário para atender as vítimas da catástrofe. Comprou, sem licitação, uma quantidade suficiente para manter os hospitais funcionando por meses.
O prefeito em exercício, Dermeval Moreira, contestou as denúncias. “Tenho minha vida sempre pautada na honestidade. A prefeitura não deve um tostão”, ele afirmou.
“O que é que estão fazendo com esse dinheiro? Por que a gente está assim, largado à própria sorte?”, questiona Maximiliano.
O ex-secretário de Governo de Teresópolis José Alexandre Almeida negou as acusações e declarou que não acompanhava processos de licitação, nem contratações feitas pela prefeitura. o ex-secretário de Obras Paulo Marquesine não foi encontrado para comentar as denúncias.
COMO PODER DAR CRÉDITO PARA UM GOVERNO DESSES?????? #RIDICULO
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